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Paraná: Mudanças nos ônibus das Linhas Metropolitanas prejudicam passageiros.


Mudanças nos ônibus das Linhas Metropolitanas prejudicam passageiros  Queda de braço entre estado e municípios prejudica passageiros da RMC. (Foto: Divulgação/PMSJP)

Nove meses após as mudanças na Rede Integrada de Transporte que liga Curitiba às cidades da Região Metropolitana, passageiros que precisam se locomover diariamente entre os municípios reclamam das alterações provocadas pelo fim da integração. Seja a trabalho ou a passeio, as modificações causaram transtornos aos usuários, seja financeiro ou de tempo, uma vez que algumas linhas tiveram a frota reduzida, o que aumentou o tempo de espera dos veículos do transporte coletivo. Além disso, foram retirados alguns pontos fixos de parada, fazendo com que muitas pessoas precisem caminhar distâncias maiores para pegar o ônibus. Dentre os municípios mais atingidos estão São José dos Pinhais e Campo Largo.

As mudanças começaram em fevereiro de 2015, quando a prefeitura de Curitiba e o Governo Estadual não chegaram a um acordo em relação a renovação do subsídio para manter a integração do transporte público entre a capital e a RMC, causando assim o fim da Rede Integrada de Transporte.

Assim, os próprios municípios ficaram com a responsabilidade de gerenciar e operar o transporte de passageiros, eliminando algumas linhas integradas e criando tarifas diferenciadas, dependendo de cada região.

Mudanças foram pedidas pelos passageiros, diz Comec

Em nota a Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba (COMEC), órgão responsável pela gestão do transporte público dos 29 municípios que compõem a RMC, afirma que algumas mudanças são resultado de reivindicações da população que pedia criação de linhas diretas, prolongamento do itinerário e mudanças de horário. Outras alterações visaram a racionalização do transporte metropolitano e foram estudadas em conjunto com as prefeituras Municipais.

Os estudos para definição dessas alterações levam em conta, além do equilíbrio econômico e financeiro das linhas, também o menor impacto para os usuários, que continuam contando com alternativas para o deslocamento entre Curitiba e a Região Metropolitana de Curitiba. Sempre houve a preocupação para que os usuários não ficassem sem atendimento, diz o comunicado.

Ao todo, foram feitas 42 alterações (entre criação de linhas, extensão de itinerário, mudanças no ponto de integração e extinção de linhas).

Não fomos consultados, diz prefeitura de SJP

Já a prefeitura de São José dos Pinhais, por meio da Secretaria de Transportes e Trânsito, afirma que a decisão sobre as mudanças das Linhas Metropolitanas são de responsabilidade da COMEC e que a prefeitura, na época, sequer foi comunicada oficialmente com relação as alterações. “A prefeitura não teve participação nessas decisões e interveio no que foi possível, porém, a decisão final não coube ao município”, diz a nota.

Com relação às mudanças das linhas metropolitanas em São José dos Pinhais, a prefeitura esclarece que elas ocorreram em nove rotas (Pedro Moro em três trechos/Independência que passou a ser Afonso Pena, Braga que foi unificada com a linha Xingú e Prado Velho que foi eliminada, porém compensada com a Linha Terminal Boqueirão – Terminal São José estendida até o bairro Pedro Moro).

No mesmo comunicado, a prefeitura de São José ressalta que todos os bairros são assistidos por linhas Urbanas que levam até o Terminal Central da cidade, onde há a ligação com o Terminal Boqueirão. Linha não integrada ou que leva até o Terminal Afonso Pena onde a integração é realizada levando ao Terminal Boqueirão ou o terminal Guadalupe via BR277 e Avenida da Torres.

Com relação às linhas do Centro da Cidade, a Prefeitura de São José dos Pinhais diz que os itinerários haviam sido alterados temporariamente por conta das obras das trincheiras da Avenida das Américas, que iniciaram três anos atrás. Como a liberação das trincheiras, as linhas retornaram ao seu itinerário normal.

Questionada sobre a retirada dos pontos de ônibus cobertos, a prefeitura de São José dos Pinhais afirma que os mesmos foram retirados pela Comec por causa das obras e não foram recolocados até então, por isso a própria prefeitura vai instalar os pontos dentro de um mês. Apenas os pontos localizados na Avenida das Américas, sentido Boqueirão, que dependerão do fim das obras já que a calçada da canaleta é muito estreita para a instalação dos pontos.

Alteração em outras linhas

No caso de São José dos Pinhais, a linha metropolitana E21-T. Boqueirão/Centro São José foi estendida até a Praça Pedro Moro (em São José dos Pinhais), substituindo a linha E63-Prado Velho/Pedro Moro. Com esta mudança, as pessoas que utilizavam os ônibus E62 e E63 estão tendo a possibilidade de fazer integração no Terminal Boqueirão onde embarcam em ligeirinhos ou ônibus que utilizam a canaleta exclusiva, ganhando assim velocidade no deslocamento, segunda nota da prefeitura. Também podem se integrar em qualquer outra linha da rede de Curitiba, sem pagar uma nova passagem.

Para melhorar o atendimento das comunidades Braga e Xingu as linhas E65-Curitiba/Xingu e E67-Curitiba/Braga, que fazem percursos próximos, foram unificadas. A linha E67 - Curitiba/Braga (Via Ouro Fino) teve aumento de frota, beneficiando os usuários. Agora esta linha também está passando pela Rua Joinville, no bairro São Pedro, para atender a demanda das pessoas que trabalham nas empresas locais.

Para reduzir o tempo de viagem até Curitiba e melhorar a frequência, esta linha foi seccionada no Terminal Afonso Pena e passou a ser denominada E03 Curitiba/Afonso Pena (via BR 277). A alternativa de acesso entre o bairro Independência e o Terminal Afonso Pena é a linha urbana 143 Centenário.

Campo Largo/Campo Magro

No caso de Campo Magro/Campo Largo a prefeitura de Campo Magro afirma, em nota, que está programado para que, a partir de segunda (16 de maio) as linhas P63-Ctba/Bateias e P64-Ctba/Cerne sejam unificadas passando a se chamar P31-Cerne/Campo Magro. Esta linha não vai mais até Curitiba e seu ponto final será a sede de Campo Magro, em frente a prefeitura. Ela terá operação diária e mais oferta de horários. A tarifa será reduzida para R$ 3,00, podendo ser paga em dinheiro ou cartão Metrocard.

Os usuários de Cerne e Bateias que precisam se deslocar até Campo Largo continuam dispondo das linhas urbanas de Campo Largo.

De acordo com a prefeitura, cerca de 70% dos passageiros destas linhas não vão até Curitiba, pois desembarcam em Campo Magro. Para estes usuários, que pagavam uma tarifa de R$ 5,70, haverá uma economia, pois eles pagarão apenas R$ 3,00 para chegar até o centro do município.

Apenas 15% dos passageiros utilizam estas linhas para chegar até Curitiba e precisam pagar mais uma tarifa de R$ 3,70 para se integrar à rede da capital para chegar a outros bairros. Estes usuários poderão desembarcar na sede de Campo Magro e embarcar na linha que faz a integração em Santa Felicidade, onde poderão se integrar à rede de Curitiba sem pagar uma nova passagem.

Algumas linhas percorrem grandes distâncias, como é o caso da P63-Ctba/Bateias que tem deslocamento de 28,5 km, da P64-Ctba/Cerne com 36 km e da P65-Ctba/Terra Boa que percorre 69,5 km. Ao se calcular o valor da passagem se considera a distância percorrida, o número de passageiros e os custos operacionais. Como a demanda destas linhas é baixa, o custo real das tarifas da P63-Ctba/Bateias e da P64-Ctba/Cerne é de R$ 12,00 e da P65-Ctba/Terra Boa é de R$ 15,00.



Fonte: http://pr.ricmais.com.br/dia-a-dia/noticias/mudancas-nos-onibus-das-linhas-metropolitanas-prejudicam-passageiros/

Equipe OnibusMSC



 
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