Protesto de rodoviários deixa Salvador sem ônibus na manhã desta sexta.
Uma paralisação temporária deixou Salvador sem ônibus urbanos e metropolitanos das 4h às 8h desta sexta-feira (15). Os rodoviários haviam anunciado que a paralisação seria em protesto contra o impeachment de Dilma, entretanto, na manhã desta sexta, o diretor de imprensa do Sindicato dos Rodoviários da Bahia, Daniel Mota, informou que a ação foi um protesto por reivindicações trabalhistas. Por volta das 8h, os primeiros coletivos começaram a circular pela cidade.
A Categoria busca 18% de reajuste, quer que os empréstimos consignados voltem a ser liberados pelas empresas e que pessoas que exerçam as mesas funções ganhem o mesmo salário.

De acordo com Jorge Castro, assessor de relações sindicais do Sindicato das Empresas de Transporte de Salvador (Setps), eles vão cobrar do sindicato quaisquer prejuízos que a paralisação cause, inclusive os valores que eles deixarem de faturar.
Castro disse ainda que ficou surpreso com a notícia da paralisação dos rodoviários. "Uma surpresa desagradável. Essa paralisação não tem nenhum fundamento. Vamos buscar o prejuízo causado pela paralisação e todos serão cobrados. Se a prefeitura multar as empresas de ônibus, nós vamos cobrar do sindicato dos rodoviários", destacou.
O G1 foi às ruas e constatou que a maioria dos pontos de ônibus teve movimento tranquilo, entretanto houve alguns com maior concentração de pessoas.
O agente de portaria Edvaldo Conceição já estava sabendo da paralisação, mas ainda assim foi até um ponto de ônibus da federação, para tentar chegar ao trabalho.

Ele disse que estava esperando transporte clandestino ou táxi. Ele esperava o transporte em um ponto em frente ao cemitério Campo Santo, para poder ir ao trabalho no Corredor da Vitória.
Dionise Maria Barbosa, que trabalha como autônoma, diz que está esperava ônibus na Av ACM, para ir para ir trabalhar em Pernambués. Ela não estava sabendo da paralisação, mas disse que iria esperar o retorno dos colretivos, porque trem medo de pegar mototáxi.
Segundo o mototaxista Jean Lima Serra, uma corrida da Av. ACM até o bairro de Pernambués, um trajeto de aproximadamente 7 quilômetros, custa R$ 15.
O mototaxista Anailton Nascimento disse que o movimento foi maior na manhã desta sexta. Ele conta que já faturou R$ 100 em corridas nesta manhã.

A passageira Girlane Maria disse que saiu do bairro de Tancredo Neves e foi até a avenida ACM de táxi. Em um percurso de aproximadamente 15 quilômetros, ela R$ pagou 40. Na Av. ACM, ela aguardava transporte complementar para ir para a Cidade Baixa.
Para quem veio de longe, a paralisação atrapalhou ainda mais. O vendedor Jocivan Ferreira mora em Irecê, a cerca de 480 Km de Salvador, e depois de 5h de viagem até a capital baiana, ficou desde às 6h esperando por um ônibus na Estação da Lapa. Ele disse que não estava sabendo da paralisação e que o ato o atrapalhou bastante.
Ônibus do transporte complementar foram colocados nas ruas, com a finalidade de minimizar o impacto da paralisação.

Fonte: http://g1.globo.com/bahia/noticia/2016/04/protesto-de-rodoviarios-deixa-salvador-sem-onibus-na-manha-desta-sexta.html
Equipe OnibusMSC